Há muito que não me sentava a escrever com papel e caneta. É tão mais rápido escrever directamente no computador: sento-me no sofá, ligo a televisão num qualquer canal e tiro-lhe o som, abro o laptop e começo a escrever. Mas hoje foi diferente: sentei-me à mesa de jantar, desliguei a televisão, fechei a porta da sala (malditas obras!) liguei a aparelhagem. Não gostei da musica que passava na RFM (Phill Collins?) por isso pus um CD ridículo que gravei antes-do-rei-fazer anos, play faixa 13: Kyo – je saigne encore. Parei!...
… “ça fait mal, crois moi”? foi o que ele cantou ou foi “croix moi”?
É, ele cantou com “s” mas com um “x” faria para mim tanto sentido.
Croix moi! Crucifica-me! A Ana Filipa diz que “a vida é um dom extremamente precioso” e eu não estou, de todo, disposto a desperdiçar esse dom. Quero continuar a respirar(-te), a sentir que posso amar.
Não consigo perceber se já escrevi muito ou pouco. Já fazia mesmo muito tempo que não escrevia nada com caneta. Para ser sincero, a ultima vez que peguei numa caneta, sem ser para estudar, foi quando fui comprar os bilhetes para os Keane – a menina da bilheteira pediu-me um autógrafo.
Por falar em Keane, lembrei-me que lhe podias dizer para vir connosco ver os Keane mas já vais passar o fim do dia de hoje (estou a escrever a 22!) – parabéns – enquanto eu fico em casa por causa das obras (vão acabar tarde e ainda queria limpar alguma coisa. Desculpem-me ser egoísta (ou egocêntrico, nem sei bem) mas não consigo…
Foi bom teres ligado, ter falado contigo acalmou-me. Fez-me rir como é possível seres assim? Dez minutos antes de me rir contigo chorava por ti!
Queria aproveitar para vos deixar duas palavras. Uma a cada pessoa…
A ti, um “desculpa”. Desculpa pelo afastamento nos últimos dias, desculpa por ser chato nos outros dias. Desculpa por estar sempre a pedir desculpa…
À Filipa, um “obrigado”. Obrigado pelo mail, obrigado pela tarde e noite de sábado (ao Ika também agradeço, agradeci aliás, mas ele não lê mesmo o blog – sim, só escrevi isto para alguém lhe dizer para vir ler). O auge dessa noite foi mesmo o Marcelo a cantar. Não consigo escolher entre a musica do falcete (LINDO!!!) e a Paixão do Rui Veloso, a quem peço perdão mas… amigo desiste, depois de ouvires o Marcelo a cantar a tua música e não a a cantar!
[fica aqui a "música do falcete"... o MEDO REINA na rua da escuridão
tas perdido procura a minha mão!]
Desejos e ensejos na “gravação” da recta final. Não perca em exclusivo o(s) ultimo(s) episodio(s) aqui nas suas – alto ai! Nas minhas! – vidas em rosa choque!