quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Meu Inverno, com trovoada e previsão de suicidio, de São Martinho

(Texto escrito a 10 de Novembro, às 21h46. O que nele estiver relatado diz respeito, única e exclusivamente a esse momento.)





Oh Yemanjá, que minhas lágrimas hoje aparaste em Tuas águas, diz-me como podem tanto desiludir-nos as pessoas que achas (mais-ou-menos??) integras. Como podemos olhar para alguém e gostar só por ser Alguém.





Sim… Eu sei que, apesar dos meus 19 anos e 361 dias, continuo a sentir-me sozinho. Não me bastam os amigos, e eles que me perdoem, mas preciso de algo mais. Preciso de alguém com que dividir tristezas e alegrias, choros e sorrisos. Alguém com quem dividir a minha vida. Com quem me dividir.


Preciso de…


Oh.. Já nem sei se sei o que preciso, o que quero, o que gostaria de precisar e de querer.


Ali, à janela, canta-se, dança-se, comem-se castanhas.. não se sente a minha falta. Lá fora faz frio mas, apesar disso, na praia senti-me bem: apanhei ar, respirei fundo e vim capar de não lhe responder mal… Amanhã vai doer-me como à muito não doía. Estou sem voz. Não vou ler, não vou sequer cantar. Oh… Também não me apetece tocar.. Estou mesmo stressado, triste e desiludido com muitas coisas.




Dizia uma letra de uma música brasileira que por ai encontrei (a letra, porque a música nunca a ouvi…)


Eles são assim, por Natureza
Vivem dominados pela sua vaidade
Correm impulsados por suas ânsias de ganhar e nada mais
Põem o cérebro, nunca o coração, fodem como corvos ao teu redor
E ao sexo chamam amor

Eles são assim desde a Pré-história
Seguem os caprichos da sua vontade
Quando têm tudo, sempre querem muito mais
É o normal

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

pizza sem pão???



- Desculpa.. Não vou conseguir chegar a casa a tempo do jantar. Tenho reunião extraordinária com o Gabinete de Marketing e Publicidade e com o Gabinete de Criatividade - Devias estar cá, se não estivesses em recobro . Não pude mesmo adiar. Desculpa amor.. Estás melhor? Eu prometo que despacho isto rápido.

Respiro fundo antes de ser capaz de te responder:
- Não faz mal. O Eng. Ricardo tem as propostas que preparei, espero que ele não deixe aquilo passar ao lado da administração. Tu como Presidente livra-te de ignorares os meus projectos. Eu já tos mostrei por isso sei que não há problema. – Para um segundo, o pós-operatório é tramado – Não te preocupes comigo que estou bem… Cansado, ainda me custa respirar mas estou bem…
- Ainda bem. Comeste em condições hoje? Já é a tua terceira refeição normal e não me parecer que andes a comer grande coisa. Vou encomendar uma pizza para ti hoje. E não te queixes.
- Mas amor..
- Nem mas nem meio mas… Sei que gostas de pizza e que te vai fazer bem comer alguma coisa que se aproveite.
- E pizza é comer que se aproveite, claro… Mas está bem.. Encomendas por mim? Não me apetece ir procurar os flyers.
- Claro que sim.. Eu ligo. E já te mando mensagem a dizer-te o preço – Tens dinheiro na carteira?
- Tenho sim! És um anjo. Amo-te
- Oh.. Também te amo muito. Beijo

E desligaste. Fico a dever-te um beijo.








“Palla Pizza, uma pizza do mar...” Foi o que ouvi do outro lado do vídeo-porteiro quando a campainha tocou.
E a verdade é que paguei dez euros por uma pizza e a pizza era uma grande porcaria. Vinha toda fora do pão, os camarões vinham mal cozidos e os pimentos era umas tiras mal cortadas, finíssimas e eram quase só “pele”. Resumidamente só comi tudo por tua causa.

Obrigado.