Podia ainda contar-vos a mania da minha avó... Ora.. Cheguei a casa ontem e a minha avó estava a queixar-se que tinha estado a tarde toda a limpar o pó e que não limpou o meu quarto porque já não teve tempo. Ora, eu f*dido da vida (desculpem-me os palavrões) fui espreitar quando vinha a empregada.. a empregada vinha hoje.. pasmei.. a empregada vem ai amanhã e esta senhora queixa-se qual Gata Borralheira, que esteve a tarde toda em limpezas... mais estava para vir.. ACORDOU-ME ÀS OITO DA MANHÃ (tinha eu chegado à cama às 4h30!) porque tinha que arrumar o quarto para que quando a empregada chegasse só tivesse que limpar o pó (coisa que segundo a minha avó devia ser eu a fazer) aspirar e passar a pano. Respirei fundo e tentei convencer-me que não sou a Escrava Isaura e a outra senhora é que é a empregada...
Vamos ao que interessa e perdoem-me que fale agora só a pessoa em questão. Encontrámo-nos no Café de Ceuta, fomos à Cordoaria, vimos a festinha de São João ali mesmo ao lado, conversamos, desabafaste, (uma das coisas que adorei em ti) tiveste a coragem de assumir que choraste ao telefone com a tua mãe nesse mesmo dia, rimos, vimos fotografias, apanhamos ar fresco, fizemos... fizemos.. porra, fizemos amor... e depois o silêncio, a noite, fizemos amor, de novo o silêncio, a noite, o acordar, a luz do dia, a separação, o silêncio...
e "ainda é muito cedo" para sabermos o que queremos disto tudo...
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Eu queria ter amarra nesse cais
para quando o mar ameaça a minha proa
E queria vencer todos os vendavais
que se erguem quando o diabo se assoa
Tu querias perceber os pássaros
Voar como o Jardel sobre os centrais
Saber por que dão seda os casulos
Mas isso já eram sonhos a mais
Conta-me os teus truques e fintas
Será que os Nikes fazem voar
Diz-me o que sabes e não me mintas
ao menos em ti posso confiar
"
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