quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Felicidade Plena?… - Parte II

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[Nota: no post de 21 de janeiro de 2009, o titulo deverá ser, agora, "Felicidade Plena?... - Parte I". Nesse post foram também feitas algumas correcções gramaticais, ideológicas e outras.


Obrigado Baltazar pela sugestão!]






Foi uma noite intensa… um quarto imerso numa volúpia cor-de-rosa, com cheiro de sexo bem quente… Este rapaz deixa-me louco… Estou exausto e já é de manhã, ao meu lado, já ninguém: um lugar frio, mas ainda a certeza do seu calor em mim, e ainda estava em casa – o relógio estava na almofada… Não tenciono levantar-me tão cedo… Meu Deus, que cansaço…


Foi nesse momento que Victor entra no quarto com um tabuleiro e um fantástico pequeno-almoço para dois – desde há algum tempo que não tomava um pequeno-almoço em condições.



Tomámos o pequeno-almoço relativamente depressa, aproveitei, entre os dolces beijos e o tempo em que ia buscar qualquer coisa ao tabuleiro, para me vestir – decidi levar o Victor ao colégio, adoro não ter nada que fazer.



Assim foi… Fomos até lá, despedimo-nos com um beijo, que não sei se não lhe causará nenhum problema lá no colégio, e fui até à loja.

Perco-me no meio de tanto trabalho:
– Sr. Engenheiro, o computador não funciona…
– Sr. Engenheiro, como anulo a compra?


Perco-me… Sim, é verdade que tenho que as aturar… Mas pago-lhes para serem competentes. Além disso, estou preocupado com o Victor! Ainda não consegui perceber o que ele realmente quer da vida.



Depois de conferidos os lotes recebidos, assinado meia dúzia de cheques, voltei para casa… Tinha combinado ir jantar com o Miguel, que é muito menos louco que o Victor, mas que com a sua paixão me consegue sempre convencer a aceitar os seus pedidos... Afinal de contas, ainda namoramos (?).


Um duche, vesti-me a correr e estou pronto para ir jantar. Estou atrasado como sempre… Mas o Miguel já me conhece: esperava por mim na, sempre, nossa mesa, já tinha pedido o vinho…


Enquanto comia aquela maravilhosa picanha desbobinei as minhas preocupações com o Victor, às quais ele respondia com um sorriso, que, quase escondia o ciúme. Acho que nunca me apercebi disso. Mas, ele gosta e eu não mudo…

O jantar prolongou-se até à meia-noite, e fomos até ao Trumps,… Só me lembro de acordar em casa... Tinha estado com alguém: preservativos na mesa-de-cabeceira – e não foi com o Miguel, de certeza!




O Victor esteve cá em casa, depois do almoço:


– Vou contar ao meu pai! – comentou.

– Acho que fazes bem, estou cá para te apoiar… A mentira nunca foi a melhor solução.

– Ligo-te logo… Agora tenho que ir. Explicação! Amo-te!

Saiu a correr, mas ainda tive tempo de gritar:

– Boa Sorte!

Nesse dia não consegui falar com ele, tinha o telemóvel desligado e não me atreveria a ligar-lhe para casa. Mas durante a manhã do dia seguinte recebi no meu telemóvel uma chamada da casa dele: era mãe, estava a chorar!


- Sim? Guilherme? É Paula Guerreiro, a mãe do Victor! – soluçava – Esta manhã,.. o… o… o Victor.. Morto,.. no quarto…Suicidou-se!



Desligou o telefone… Fiquei angustiado. Ele, o meu miúdo, matara-se… abri a janela… Gritei… Voltei a fechar e sentei-me a chorar, na beira da cama, onde ele se costumava sentar…










A mentira era a melhor solução…









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6 comentários:

Baltazar disse...

Aiiiiiiiiiiiiiiiii!!
Nunca esperei uma coisa destas. Vais ficar por aqui?? Ou vai ter continuação??
Sendo assim não sei se o título que propos não sei se tem a ver.
Não tens que agradecer. Estamos cá para ajudar uns aos outros. lol
Bom... pelo menos é por isso que ca ando, os outros não sei. lolol
Espero que esta Escritonovela continue. Dava uma bela novela da TVI. Escreve e propõe. eheheheheheh

UM forte abraço

Sandra Daniela disse...

Olá! concordo com o autor do comentário anterior!! Continua!!


beijinho grrraaannndeeee

Lorrayne Lindsay disse...

aaaahhhh
nao acredito!
acabou???
concordo com os outros, continua...
vou esperar =D

Anónimo disse...

Rapaz!!! te indiquei ao "olha que blog maneiro"... teu blog é muito bom! E lá tem umas regrinhas com os procedimentos do selo. Abraços!!!

Martinha disse...

:O
Fiquei de queixo caído com o final... Não esperava mortes, mesmo!
O suicídio foi mesmo realizado de cabeça quente, movido certamente pela dor do dizer a verdade. Mas penso que ainda que mentir às vezes seja talvez a melhor solução, há sempre o risco de que a mentira seja descoberta... E aí as consequências costumam ser mais desastrosas!
Beijo *

Baltazar disse...

Olá Olá!!
Irás encontrar quando menos esperares. ;-)
No passado dia 24, estreou na televisão norte-americana "Prayers for Bobby", um filme baseado no livro homónimo de Leroy F. Aarons, que conta a história verídica da vida e o legado de Bobby Griffith, um jovem gay que se suicidou em 1979, devido à intolerância religiosa da mãe e da comunidade onde nasceu e cresceu. Ao saber da homossexualidade do filho adolescente, Mary Griffith (Sigourney Weaver), uma dona-de-casa extremamente religiosa, inicia uma campanha para o "curar", até que Bobby (Ryan Kelley), num acto de dor e desespero, se lança de uma passagem superior de auto-estrada com apenas 20 anos de idade.

O Fiulme parece fantástico. Mas ínfelizmente é so para a televisão ´~ao irá para oas cinemas. Esperemos que alguma televisão portuguesa se lembre. Ou entao vamos fazer campanha para alguma TV passar o filme. lolol
Um forte Abraço